Ocupação da Escola Barão do Rio Branco
A escola Antônio de Mello Cotrim, na Pauliceia, que será fechada devido o processo de reorganização, está sendo ocupada por alunos desde o dia 18.
O TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) negou nesta segunda o pedido do Estado para a reintegração de posse das unidades ocupadas na capital paulista.
O movimento de ocupação já atinge cerca de 87 unidades em todo o Estado, duas delas em Piracicaba.
A primeira escola ocupada, Mello Cotrim, teve um número maior de adesões de alunos em relação a Barão do Rio Branco.
Nesta última, a ocupação foi feita efetivamente por apenas dois alunos, sendo um desta escola e outro da Escola Estadual Dr.Alfredo Cardoso.O movimento começou na saída dos alunos do período da manhã.Outra escola foi ocupada por alunos em Piracicaba.
Com a entrada de um grupo de integrantes do MST (Movimento dos Sem-Terra) no pátio da escola, a direção acionou a PM (Polícia Militar), que ocupou o prédio principal.
Com a chegada dos policiais, o grupo de alunos dispersou-se e um estudante de 15 anos manteve a ocupação do prédio.
“Decidimos ocupar a escola e fechamos o portão. Daí veio a polícia e o pessoal ficou com medo. A vicediretora quis que a gente ligasse para nossos pais e que eles dessem autorização, pessoalmente, para o que estávamos fazendo. Alguns pais também ficaram receosos e pediram que os filhos fossem para casa. Assim ficou somente eu. Mas todos vão voltar e virão mais”, disse o aluno do 1º ano do Ensino Médio.
O aluno teve o apoio de um colega de 17 anos, estudante da Alfredo Cardoso, que aderiu ao movimento.
“Vão fechar o Médio daqui e os alunos vão lá para Alfredo Cardoso, a minha escola, que não tem estrutura para receber tantos alunos. E aqueles que estudam no Fundamental, vêm tudo pra cá. Vai superlotar as salas de aula”, afirmou.
Os dois estudantes permaneceram dentro do prédio, enquanto integrantes do MST, da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo) e outros alunos ocuparam o pátio da escola.
Após as negociações entre os dois alunos, policiais e direção da escola, a unidade foi efetivamente ocupada pelo movimento.
“Tentamos negociar com o aluno, mas diante das negativas, vamos sair do prédio. Que fique claro que apenas um aluno da escola está aqui dentro e que a ocupação começou com pessoas estranhas empurrando uma funcionária da escola”, relatou o diretor da unidade, Odimir Roberto Belato.
REINTEGRAÇÃO — O pedido de reintegração das escolas ocupadas na capital foi negado por unanimidade com a alegação dos desembargadores do TJ de que “a manifestação de alunos é um direito”.
A Diretoria de Ensino de Piracicaba entrou com pedido de liminar para reintegração de posse da escola Mello Cotrim, ocupada desde o dia 18.
Segundo o dirigente da Diretoria de Ensino de Piracicaba, Fábio Negreiros, o pedido ainda não foi julgado.
“A direção da escola está mantendo o diálogo com os alunos ocupantes. O recesso escolar está mantido nestas duas unidades.”

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